Existem pormenores que tornam a impressão uma tarefa muito complicada, mas que se forem tidos em consideração, na fase do desenvolvimento criativo tudo fica mais simples.

Imprimir CMYK: os problemas que ocorrem com mais frequência quando se imprime em CMYK prendem-se com cores incompatíveis impressas juntas: várias fotografias impressas juntas com cores muito deferentes, acertar cores de fundo com imagens ou igualar a mesma cor, composta em CMYK, ao longo de várias páginas.

A imagem do canto superior direito precisava de mais magenta para igualar à prova, enquanto que a imagem por baixo não podia ter mais magenta caso contrário o azul do céu começava a escurecer e os brancos ficavam ligeiramente encarnados.
Fundos com imagens: outro dos problemas frequentes é quando se coloca um fundo de cor com várias fotografias, tudo em CMYK. Nestes casos ao tentarmos corrigir a cor duma ou de outra fotografia vamos alterar o fundo e o resultado é um fundo diferente em cada página. Para evitar este tipo de problema o fundo deve ser uma quinta cor, um pantone, independente do CMYK.Imprimir fundos a preto: quando se utiliza um fundo preto, para que este seja intensamente preto é aconselhável utilizar um rede de 40% de cyan, por baixo do preto. Quando se imprime em cores directas a solução pode ser dar duas passagens de preto, o que pesa um pouco mais no orçamento.

Imprimir cores pastel com CMYK: layouts que incluam imprimir cores pastel utilizando o CMYK completo, não são fáceis de uniformizar. O contexto da cor muda de página para página e por consequência esse contexto vai afectar o seu tom.Imprimir cores muito densas: algumas máquinas de impressão são limitadas na recepção de excesso de tinta. Se o total de tinta exceder os 300% podem haver problemas na secagem da tinta e prejudicar a definição da imagem. Se o layout incluir imagens demasiado saturadas é aconselhável pedir ao operador do scanner para quando for fazer a separação das cores utilizar o U.C.R. – Undercolor Removal – ou o G.C.R. – Gray Component Replacement.

Imprimir metálicos com CMYK: a ordem de impressão varia conforme o trabalho em causa. Por norma quando, na mesma peça, se imprime CMYK e pantones, estes são impressos depois do CMYK, principalmente se forem pantones metálicos, como prata, ouro ou outros.

O CMYK e os pantones normais são tintas relativamente transparentes, mais fluídas e secam rapidamente, os pantones metálicos são tintas mais opacas e mais densas e por consequência demoram mais tempo a secar.

No entanto, quando queremos misturar a cor metálica com CMYK, esta deve ser a primeira cor a imprimir e só depois o CMYK. Por ser mais opaca, a tinta metálica quando impressa sobre a tinta normal tapa-a anulando o seu brilho e o seu contraste.

Textos compostos em CMYK: os textos compostos em percentagens do CMYK não apresentam grandes dificuldades quando impressos em offset a 175 ou 200 lpis. O mesmo não acontece quando reproduzidos com um número de lpis mais baixos e em casos onde os registos são mais difíceis, como acontece em serigrafia ou em flexografia. Nestes casos é aconselhável manter o texto numa só cor ou no mínimo de percentagens possível, preferir as fontes sem serifa às fontes com serifa e evitar os corpos de letra muito reduzidos.Tipografia a abrir em fundos CMYK: é de evitar abrir texto a branco em fundos compostos por várias percentagens de cores CMYK, principalmente se o corpo de letra for reduzido, tiver serifa e se o papel for muito absorvente. Com o ganho do ponto o texto tende a perder leitura e a desaparecer, como acontece em alguns anúncios de jornal.

Imprimir em papel vegetal: o papel vegetal para além de ser muito absorvente e ter um ganho do ponto muito elevado, é um suporte a evitar quando a mancha de impressão é grande e os prazos de produção são muito curtos.Evitar enviar material aos poucos: quando se envia um trabalho para uma gráfica convém enviar tudo duma vez só. Enviar primeiro o ficheiro depois as fotografias e mais tarde alterações só vai criar confusão e muitas vezes fazer com que alguns dos elementos se percam.

Como reduzir os prazos de produção:
Muitas vezes a principal limitação na criação dum trabalho é o prazo que dispomos para o criar e para o produzir. Estas são algumas das formulas para uma produção com prazos muito curtos:
• optar por materiais standrad – escolher papeis que existam em stock, tintas comuns e não especiais, formatos de papeis standard e cortantes já existentes;
• evitar tintas metálicas e fluorescentes por terem tempos de secagem mais longos;
• evitar papeis muito absorventes e papeis vegetais, por demorarem mais tempo a secar;
• evitar alterações de última hora – quando se entrega o ficheiro à gráfica não convém sofrer alterações posteriores;
• concentrar a produção num sitio só – não dispersar a pré impressão, impressão e acabamentos por empresas diferentes. Concentrar tudo num só sitio torna a produção mais fácil de controlar;
• baixar o grau de exigência da qualidade – “depressa e bem não há quem”. Quando o mais importante é fazer rápido o perfeccionismo passa para 2º plano;
• reduzir as aprovações – quanto menos tempo tiverem para aprovar e menos pessoas tiverem que aprovar menor é o risco de pedirem alterações de última hora;
• comunicar de forma simples – não utilizar uma linguagem ambígua ou desconhecida pois poderá provocar confusão;
• envolver toda a equipa para que a nossa urgência seja também a urgência deles;
• finalmente, embora não queira dizer que aconteça em todos os casos, estarmos dispostos a pagar taxa de urgência.

fonte: fotolitaria.com

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Adoro produção gráfica, nasci brincando em gráfica e descidi compartilhar essas coisas, existem tantas coisas tontas que mostram a vida de todo mundo, e porque não mostrar meus gostos?

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